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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Trabalho na Escola Nacional de Seguros, sou graduado em Letras, pós-graduado em Educação a Distância, em Ciências Ambientais e mestre em Literatura Brasileira.

COMENTARISTAS

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

E-EAD E EDUCADOR

Fostos editadas: Jornal de Londrina e Microsoft
Ainda não são muito amáveis as relações entre as inovações tecnológicas e os professores no ensino a distância on-line. Ao contrário. Diversos professores falam mal das inovações tecnológicas, e diferentes inovações tecnológicas esnobam os professores. O melhor seria discutir o namoro.
 
As razões para esse relacionamento difícil são várias, mas três delas são bastante compreensíveis. A primeira é que os professores percebem que as novas tecnologias não estão certas daquilo que querem. São indecisas, digamos. Outro motivo é que os conteúdos que os professores lecionam às vezes são menos destacados do que o potencial das inovações. Ciúme. Normal. O terceiro motivo é o receio dos professores de que as mudanças lhes roubem o prestígio e, sobretudo, oportunidades de emprego. Ponto.

É preciso corrigir os equívocos. Professores, arquitetos instrucionais e construtores de ambientes virtuais de ensino precisam entender que inovações tecnológicas não funcionam no modo automático. Elas são apenas um meio que os professores têm em mãos para conduzir o aprendizado dos alunos. Tecnologia por si só não define os modelos de ensino. Tudo depende da atuação do professor.
 
A engenharia pedagógica que responde corretamente o que é o ensino on-line não se mantém de pé sustentada somente no que os professores planejam. As participações da tecnologia e dos alunos são fundamentais. O EAD on-line, portanto, é uma conjunção de lições dos professores mediadas por ferramentas digitais, para que haja interações colaborativas entre professores e alunos e também entre alunos e alunos na busca de conhecimentos.

No ensino a distância, a ausência física de professores transforma as suas ações indispensáveis para a existência de uma rede social de ensino e aprendizagem. São os professores que promovem os questionamentos, são eles que incentivam o diálogo, o pensamento crítico, a troca de ideias.

Fato é que vários professores não se dão muito bem com as inovações tecnológicas, porque não possuem formações específicas e habilidades diversificadas para isso. Então, eis um momento oportuno para renovar abordagens pedagógicas dos velhos tempos do “cuspe e giz”. Velhos tempos que, dida-se de passagem, podem ter vida longa, ainda mais se imaginarmos algumas salas de aula destinadas às populações de baixa renda.
 
No ensino a distância on-line, que prefiro chamar de e-ead, a letra e não significa apenas eletrônico, virtual, on-line ou algo do gênero. Ela pode ser também um conectivo, que veio para se somar ao trabalho dos professores.

Não é possível perder as esperanças de que um namoro que começou confuso tenha chances de se tornar um casamento em que o professor receba a tecnologia como esposa. Prometendo-lhe ser fiel, amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, por todos os dias da sua vida.

Até que uma versão atualizada de software os separe...

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