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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Trabalho na Escola Nacional de Seguros, sou graduado em Letras, pós-graduado em Educação a Distância, em Ciências Ambientais e mestre em Literatura Brasileira.

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domingo, 10 de abril de 2011

FALSA MODÉSTIA

Foto: Organize Assim (ternos); Monica Shop (chinelo); Marc Visão (bermuda) e Camisa Mania (camiseta)


O Moodle é hoje um ambiente virtual de aprendizagem largamente utilizado no mundo todo. Existem milhares de projetos educacionais gerenciados por esse software em aproximadamente 112 países. Somente no Brasil mais de 80 projetos são realizados através do Moodle em cursos livres, escolas e universidades. Quem transita em EAD, dificilmente já não ouviu falar dele.

A palavra Moodle é um acrônimo formado pelas iniciais de Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment, algo como Ambiente de Aprendizado Dinâmico Modular Orientado a Objeto em português. Em inglês coloquial, “to moodle” também é um verbo cujo significado é fazer algo sem pressa, quando der vontade, enquanto se faz outra coisa ao mesmo tempo.

Há quem pense que todo o sucesso do Moodle se deve ao fato de ser software open source , distribuído gratuitamente, sob os termos de uma licença pública geral, elaborada pela Free Software Foundation (FSF). No entanto, podemos mencionar pelo menos mais duas outras vantagens importantes a serem observadas.

Além de ser gratuito, uma outra vantagem do Moodle é que ele torna ambiente de aprendizagem mais amistoso. Isso é porque ele foi planejado dentro de uma linha pedagógica socioconstrutivista, que potencializa a experiência de ensino e aprendizagem colaborativa, pois integra recursos interativos, como chat, fórum, troca de mensagens e wiki, apenas para citar os mais usuais.

A terceira vantagem é que a comunidade de usuários especialistas em Moodle é gigantesca. Milhares de participantes se conectam numa organização via internet para discussões técnicas e troca de ideias. Fazem partem do grupo desenvolvedores, administradores de sistemas, professores, pesquisadores, desenhistas instrucionais, webdesigners e qualquer pessoa interessada no assunto. Dessa forma, quando ocorre algum problema no Moodle, esse problema pode ser comunicado e corrigido muitas vezes até em tempo real.

Desde que foi feito até agora, o Moodle é um projeto em andamento. Seu criador, Martin Dougiamas, na época era webmaster da Curtin University of Technology, em Perth, Austrália. Estávamos no final dos anos 1990, quando Dougianas deu a partida no projeto de seu ambiente virtual de aprendizagem, enquanto trabalhava como Gerente do Sistema WebCT (sistema de ensino a distância) e preparava sua tese de doutorado no Centro de Instrução da Ciência e da Matemática da universidade.

Apesar de tudo isso, o Moodle não aparenta ter a importância que tem. Talvez porque as instituições de ensino não queiram perder tempo e dinheiro, talvez porque diversos moodlers ainda não sejam competentes, a maioria dos Moodles que vi tem um visual muito pobre.

Provavelmente, ainda há muita gente que desconhece as centenas de templates (layouts que dão uma “cara bonita” aos sites) já criados e disponíveis para serem aplicados ao ambiente virtual. E há também quase 1000 plugins. É só baixar e usar. Os plugins enriquecem o processo de ensino-aprendizagem porque acrescentam funcionalidades extras ao Moodle, isto é, recursos adicionais de multimídia que possibilitam maior interação com os usuários através da inserção de vídeos, gravações de sons, imagens 3D e mais o que for necessário para uma experiência estimulante de EAD.

Moral da história: com a sua aparência muito modesta, o Moodle que a gente encontra por aí faz lembrar um sujeito que é convidado para uma grande solenidade, deixa de lado uma porção de belos ternos no armário e comparece à cerimônia vestido com camiseta, bermuda e chinelos.


 
0bs: as informações deste texto foram recolhidas nos sites Wikipedia e Moodle.org.


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