Fotos editadas: Darte Vasques e Microsoft |
Há mais de uma dúzia de anos, em seu livro Cibercultura, Pierre Lévy criou duas metáforas sobre a relação com o saber dos nossos dias. Para Lévy, a prática do surfe, com suas ondas, redemoinhos, correntes e ventos contrários, é uma boa imagem para representar as constantes mudanças, a mobilidade e a liberdade sem fronteiras do saber da atualidade. Por outro lado, ainda está de pé a pirâmide que simboliza a forma como o saber vem sendo construído até ainda há pouco, somente de maneira hierárquica, rígida e de cursos totalmente traçados.
Com a velocidade dos últimos acontecimentos na área do saber e da educação, sobretudo quando nos referimos à Educação a Distância, mais de uma dúzia de anos é quase um jubileu. Mas o tempo não é inimigo da reflexão. Pouco a pouco, a relação com o saber que Pierre Lévy apontou, no século passado, vem sendo pensada, repensada e negociada como precisa ser uma boa relação.
A lição que podemos tirar disso tudo é nem todo educador consegue aprender o surfe ou quer praticá-lo. É um esporte difícil e perigoso, que exige um perfeito senso de equilíbrio. E também nem todo educador está disposto a carregar pedras para conservar um projeto educacional cuja tendência é se mumificar mais e mais.
O que não se deve permitir é que as águas do mar e o chão do deserto juntos produzam barro encharcado. Pior do que as propostas de um saber moderno e dinâmico afundarem, pior do que todo o conhecimento arquitetado de modo tradicional ruir, é levar os planos de uma nova educação para o atoleiro.
Mudando de assunto: Não está na hora de discutir a computação nas nuvens?
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