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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Trabalho na Escola Nacional de Seguros, sou graduado em Letras, pós-graduado em Educação a Distância, em Ciências Ambientais e mestre em Literatura Brasileira.

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sábado, 23 de outubro de 2010

A EAD E AS LIÇÕES DE ALTHUSSER


Em meados dos anos 1970, o filósofo Louis Althusser apresentou seus conceitos de Aparelho Repressivo de Estado e Aparelho Ideológico de Estado. A polêmica em torno das colocações de Althusser aqui não vem ao caso. Em síntese, para ele, as igrejas, a família, os sindicatos, a escola, entre outros, são aparelhos ideológicos. Através deles, o Estado sujeita os indivíduos à ideologia da elite burguesa, cuja lógica de dominação é excludente e desigual.

Aparelhos, Estado, elite burguesa são palavras e expressões que praticamente nem se empregam mais no discurso político. No entanto, esse discurso pode ser o pontapé para uma discussão atual sobre a EAD.
Quem legitima a EAD? De onde surgiu o pensamento de que a EAD é a melhor forma de ensino e aprendizagem dos nossos dias? Quem ou o quê faz a gente reproduzir esse raciocínio?

Não está claro ainda se a EAD surgiu de uma necessidade de transformação e evolução realizadas pelo próprio processo educacional ou se foi uma exigência da globalização, de tecnologias admiráveis. Ou as duas coisas, talvez. Curioso é que toda a indústria criada para a Educação a Distância parece saber aonde quer chegar, e a maioria dos professores se sente perdida nesse assunto.

De uns tempos para cá, o que se ouve são opiniões repetitivas e predominantes sobre as vantagens da EAD. Sendo assim, cabe a pergunta: Será que trocamos o velho conceito de Aparelho Ideológico de Estado obsoleto pela versão mais nova de um conceito de Aparelho Ideológico de Mercado?

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