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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Trabalho na Escola Nacional de Seguros, sou graduado em Letras, pós-graduado em Educação a Distância, em Ciências Ambientais e mestre em Literatura Brasileira.

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domingo, 24 de julho de 2011

A EAD TEM UMA IMAGEM A ZELAR











































Já ouvi falar por aí que, além de um império, o provérbio “uma imagem vale mais do que mil palavras” também pertenceu a Napoleão Bonaparte.  Falaram que, depois de ouvir uma explicação quilométrica de um de seus generais a respeito de uma batalha, Napoleão teria declarado a frase "un bon croquis vaut mieux qu'un discours” (“Um bom esboço é melhor do que um discurso”). Vai daí que, de disse me disse em disse me disse, a frase se tornou a máxima que conhecemos hoje.

Se isso é verdade ou mentira, não importa. Nem as histórias oficiais que sabemos são inteiramente de verdade ou inteiramente de mentira. De certo mesmo é que, aqui no Brasil, muitas e muitas vezes, imagens significam mais do que palavras. Não é por acaso que temos uma das produções de TV mais sofisticadas do mundo, com uma credibilidade pública que pouco se vê por aí.

Canais de televisão sabem explorar as emoções, sentimentos e sonhos de consumo de muita gente. Para um educador, fica difícil contrapor o discurso televisivo, uma vez que a comunicação escolar é notadamente enfadonha e antiquada. Então, no lugar de resistir, o professor poderia repetir as lições da TV: despertar a vontade de aprender através de emoções, sentimentos e outros tipos de sonhos. Primeiro, o exercício da criatividade. Depois, teorias, regras, conceitos.

É preciso não apenas educar pela imagem, mas também para a imagem. E educar para a imagem porque, se a alfabetização é uma oportunidade de introduzir a linguagem escrita, está mais do que na hora de lançar um programa de ensino da mensagem visual, talvez a mensagem de mais influência em nossas vidas e em nossa sociedade.

Esse é um desafio que a educação contemporânea deve assumir, já que, comparativamente à educação tradicional, ainda há poucas ações que enxergam as imagens da TV, do vídeo, do cinema, da internet e da fotografia como componentes estruturais do ensino-aprendizagem.

A educação a distância necessita se entender melhor com o discurso visual. Sem ele não há mais como aproximar as pessoas do conhecimento. Por escrito é necessário, mas é pouco. Caso não crie uma maneira pedagógica de lidar com essa situação, mais dia, menos dia podemos ouvir outra máxima: foi assim que a EAD perdeu a guerra.

4 comentários:

  1. É uma situação a ser levada em consideração, sem dúvida, mas acredito que as instituições devam se responsabilizar por este papel. Já há muitas com excelentes cursos e notoriamente se destacando no cenário nacional.
    Talvez o que seja necessário é que, cada vez mais, estas organizações busquem no exterior as melhores práticas para a EAD já que, para eles, já não é mais novidade como para nós.

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  2. Legal você ter feito um comentário, Jane. Já havia um tempo que eu não publicava, achando que ninguém iria ler. Agora, sabendo que você vai ler, já vale a pena publicar mais.

    Quais seriam os excelentes cursos que você comentou?

    Um abraço.
    Jorge Moraes

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  3. Olá Jorge,

    Deves escrever sim e, com certeza, vou ler. Gostei do seu ponto de vista.

    Bem, sou docente. Já fiz cursos EAD pela FGV, SEBRAE e agora, recentemente, inciei uma Pós pela Anhanguera sobre EAD e a qualidade, realmente, é incontestável.

    Ainda estou me familiarizando com o universo dos "blogueiros" e inclusive, acabei de montar um sobre o assunto. Então, fica desde já o convite para que você faça uma visita (http://professorajanemarli.blogspot.com/). Será uma honra ter seus comentários por lá também.

    Abraços,

    Jane

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  4. Oi, Jane!

    Também faço uma pós sobre EAD na Faculdade Senac Rio e devo terminar em outubro.

    Já trabalhei uns meses na área na minha empresa (Escola Nacional de Seguros), mas fui transferido para a produção de material didático.

    Pode deixar que visitarei seu blog.

    Manterei contato.

    Um abraço.
    Jorge

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